Um sentimento único por Maria
Provavelmente sejamos muitos julgados por nosso amor à Maria, e este julgamento não deve findar nem tão cedo. Talvez, sejamos descritos e analisados pela psicanálise como neuróticos, ou sedentos de um amor primórdio, como Melanie Klein aponta para o primeiro objeto amoroso, em um vínculo primário de amor.
Talvez coubessem muitas interpretações a este desejado amor, de mãe. E é assim, que nós católicos sentimos Maria. Julgados por quem esteja em uma vibe diferente, ou acolhido por quem se identifica, sentimos de coração, que somos filhos de Maria, ela representa sim uma potência em nossas vidas no que tange ser “Nossa Senhora e nossa mãe”. Lembro de uma amiga ateia e seus julgamentos humanos, que me dizia assim:
- minha senhora mesmo não, só se for “sua” senhora!!
Mas por que ela é tão temida assim?? Que mal se dar a este ser, que do alto só quer nos acolher? que quer o nosso bem? O bem, porque nos faz o convite de vivermos em comunhão, algo que de fato, falta ao mundo caótico que vivemos, e certamente seja difícil de interpretar, algo que um mundo verdadeiramente nunca experimentou, o amor no sentido de um convite à paz, a sermos irmãos. Que saibam então, que quem consagra-se a ela, o faz por livre e espontâneo desejo, não por algum medo, mas, porque faz sentido para si, e ao contrário, não tem vergonha alguma, em consagrar-se por completo, como bem é escrito na música:
“Consagro a vós meus olhos, meus ouvidos, minha boca. Tudo o que sou, desejo que a vós pertença. Incomparável mãe, guardai-me e defendei-me. Como coisa e propriedade vossa”
Provavelmente esses que julgam não compreendem, não sentem como a gente, são de outras tribos, e tudo bem, cada um é livre para sentir, e seguir à filosofia que é melhor para si, em seu coração, em seu desejo, enquanto a isso, não há o que discutir. Viver e sentir entoam para questões da singularidade humana, e Maria e seu amor fazem parte a realidade singular de muitos.