• PERCEPÇÃO ¹
Ela sente que pertence a mim, mesmo que não saiba quem sou. Ela sente, que está a mercê de minhas vontades e desejos, sem que ainda tenha sido tocada, ao sentir a pele eriçar, ao sentir a alma e o coração arrepiados. Ela sente, que está a minha mercê, rendida e dominada em minha imaginação, atraída pelas emoções e sensações despertadas, seduzida, encantada e fascinada sem que possa negar ou renegar. Ela sente, que pertence a mim, ainda que não possa ser tocada, ainda que não possa resistir, sem que não saiba quem sou, ainda que nunca tenha encontrado comigo. Ela é minha, conheço seus desejos e suas vontades, sua malícia e ousadia, além dos olhos e do sorriso, existe uma menina, aquela mulher submissa, que deseja ser rendida e dominada sob meus caprichos. Ela sente, e deseja, sem que possa negar ou renegar, que possa resistir, a imaginar e sonhar, com a temperatura de minhas mãos, de meus beijos, de minhas carícias e carinhos. Ela sente que pertence a mim, ainda que procure fugir, que queira ir para longe, sempre volta, sempre imagina e sonha, com aquela sensação e emoção, com os sentimentos que sussurra em sua alma e coração, que murmura em seu ouvido na escuridão, que sente acariciar sua pele e seu corpo, causando furor e ardor, que parece consumir a alma e coração. Ela sente, que é livre mas não tanto quanto sente pertencer a mim, que é independente não tanto quanto depende de mim, quando pode ouvir meu chamado, quando resiste a tentação, quando nega e renega a intenção, de ser rendida e dominada, de descobrir que a realidade e a ficção pode existir em simetria, provocada e instigada na imaginação que o corpo sente, que a alma e coração consciente consente, ser mais do que uma ilusão, ser a versão mais íntima da alma e coração. Ela sente, que pode mesmo resistir, mas não pode negar ou renegar, que quando ouve o chamado, seu corpo clama, seu coração e alma de forma inegável e irrecusável, sente que pode mesmo querer resistir, mas pertence a mim, sem que possa fugir, da sintonia e conexão, que faz querer ser rendida, dominada além da imaginação, de sentir a mais íntima, profana e sagrada comunhão, de pele, alma e coração.
• Damien Lockheart ¹