Deus está em toda a parte?
Com a triste escalada, no âmbito mundial, das ondas de violência e de descomprometimento com o planeta e pela manifesta incapacidade do homem em lidar com os problemas que o afligem no decorrer de toda a história, acentua-se o enfraquecimento das religiões que sustentam e aclamam um deus justo, misericordioso, magnânimo e salvador. A questão justificativa e filosófica do livre arbítrio do homem para o bem e para o mal, não possui mais tanta força e vai abrindo espaço para o crescimento do ceticismo e do ateísmo. Aqueles que teimam em sustentar o seu deus, apesar das manifestas contradições, vão cada vez mais se afirmando, a meu ver, como grupos alienados, pertencentes a um novo perfil de religioso fanático; fundamentalista e extremista. Nunca houve tantas novas igrejas que, em nome da fé, de Jesus e da salvação, exploram financeira e moralmente aquelas pessoas mais simples, menos instruídas e cultas que se transformam em seguidores cegos e incondicionais dessas doutrinas.