Distante de mim.

Já não há mais castelos,

Sobre aquelas nuvens coloridas,

Onde os anjos com suas harpas,

Dedilhavam belas melodias.

O sol não parece mais tão brilhante,

Nem o céu tão azul.

Os passaros migraram para longe,

E nem canta mais para mim.

Já nem sei o sabor dos sonhos,

E como é o sentir-se livre de si.

Sou prisioneiro do meu próprio corpo,

Sou prisioneiro da minha própria realidade.

Meus risos escondem os prantos que me afogam,

E o brilho dos meus olhos, a escuridão que em mim habita.

Nem olho mais no espelho,

E enxergo os sonhos como em janelas.

Nem sinto mais o cheiro,

Da lembrança empoeirada.

Meus sentimentos estão presos em um baú,

Trancafiado com um poderoso cadeado.

Cuja a combinação perdi em algum momento.

Por uma pequena fresta,

Sinto pequenos suspiros de felicidade.

Mas que são tão breves e frágeis,

Que se quebram em mil pedaços.

Vazio,

Isso que sinto dentro de mim,

E ao meu redor,

E em cima...

Uma dor inesplicável.

Feridas invisíveis incuravéis,

Cuja o remédio

A medicina desconhece.

O mundo todo é uma prisão,

Quando tudo ao seu redor,

Se resume em frio, medo e solidão.

E o único alimento que o satisfaz,

E fingir que tudo que está bem,

Que amanhã será diferente,

Mesmo seu peito e alma dizendo que não.

Não queria ser fraco,

Mas é uma das sensações que sinto.

Por não saber encontrar meios de me salvar.

Sinto que a cada dia estou mais longe,

Mais longe de tudo que um dia fui,

De tudo que um dia eu almejei ser...

DjavamRTrindade
Enviado por DjavamRTrindade em 16/09/2020
Código do texto: T7064303
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.