Fonte: mensagrns com amor.
Entendi com o tempo...
Assim vi sendo iniciadas magníficas crônicas! Também eu descobri que o tempo nos faz entender mais do que buscamos e, por mais empenho que tenhamos em construir nossos caminhos, sempre haverá pedras que não colocamos, mas estão lá provocando tropeços. Quem as coloca ali? Não sei. Talvez seja o acaso! Pergunto: será que o acaso existe?
Também entendi com o tempo que palavras são ditas e esquecidas, como se fossem banalidades jogadas ao vento. No entanto, seus efeitos permanecem, pois palavras são energias e estas não se diluem. São sim levadas pelo vento e alguém em algum momento as ouvirá porque estão gravadas no éter. Inda que levadas pelos ventos, os ecos permanecem ressoando ... ressoando ... atém que as esqueçamos e elas passam a ser uma parte relegada a um compartimento da memória.
Contudo, nossa memória é um arquivo que, se for aberto e investigado, vai se deixar ver e ouvir. Ali, as palavras registradas retornam em um tom ainda audível e de cores pálidas, mas ali guardadas. Então, quando as ouvimos percebemos que não se apagaram.
Continuo ouvindo palavras que se vão e tropeçando em pedras pelo caminho. As palavras que se foram, eu as deixei ir para me esquecer que as ouvi. As pedras do caminho podem até me ferir, mas entendi com o tempo que estas feridas são superficiais se eu as quiser sentir assim. Tudo depende da intensidade de minhas sensações e emoções, mas entendi com o tempo que elas são equilibradas na balança que o próprio tempo preparou para mim!
Najet, 10.09.2020
Fonte: OBVIUS