O grande encontro
Insatisfeita, chateada, entediada, não queria me situar no lugar que me encontrava e não queria que ninguém também me encontrasse. Sem barulho, no silêncio do meu pensamento, buscava solidão para fugir das tentativas de resolver situações, que geram estresse. Sem envolver, me cerquei de uma redoma para poder me sentir inteira, sem confusão, acomodava num cantinho só meu. Ali sentia um bem estar tão grande que só permitia eu, não cabia mais ninguém, porque foi o que eu havia conquistado com muita individualidade, eu não conseguia ajudar ninguém e ninguém conseguia me ajudar, até certo ponto. Porque ou eu saia do meu transe de esquecer tudo o que incomoda ou já me preocupava com o outro. Viciada num canto, tinha crises existênciais, quando entrava em contato com a agitação. Entre afazeres e relacionamentos, esperava com anseio a oportunidade de encontrar comigo novamente.