o que eu quero

Não tenho medo da morte

Tenho medo de, em vida, morrer

Tenho medo de não viver

O que ansiosamente não paro de querer

Não tenho medo do azar

Que pode atravessar meu destino

Serenamente, vou indo

Sem saber

Nem ver

No fundo, eu quero a paz inconsciente

a serenidade constante

e o medo ausente

Quero a alegria presente

e me deixar menos

pelo que não importa

No fundo

muitas coisas não importam

Mulher Anônima
Enviado por Mulher Anônima em 08/09/2020
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