Maia

Tempero tem nome de Maio; nem frio, nem calor. Comedido, sensato, A festa dos insetos. O sol não queima as asas das borboletas.

Em Maio, Meu Amor nasceu.

Maio tem gosto de surpresa; a alma ondeia na cama gostosa do vento fresco. O coração é um recôndito reverberado em menta; feliz, leve, com explosões de felicidades clandestinas.

Maio girou, girou e girou: a surpresa da minha vida chegou.

Setembro, adeus ao frio, adeus ao vento. Sem gostos, em Agosto, o mês agridoce.

Setembro o sol nada na rua. Nada na sua própria água que banha.

Em setembro, meus ossos se alegram, em setembro, o sono se esvai. Ouço os sinos de setembro, e a alma pula, na piscina dos sonhos que ainda não vivi.

Moro em Pasargada, aqui é Maio e Setembro todos os dias.

Quero ir para os Céus; Paraíso será Maio e Setembro na Eternidade.

Meu Amor é jardineiro; ressussitado, come doces florais com as crianças, pega na rabiola do arco-íris e solta; cai no poço fundo das nuvens.

Marshmallows azuis há em minha boca; e de tanto contemplar folgo, Corintiana:

Tudo cri, tudo suportei, tudo esperei.

Poeta de Borralho
Enviado por Poeta de Borralho em 07/09/2020
Reeditado em 07/09/2020
Código do texto: T7057346
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