Quem não nunca?!
Quem nunca ?!
Em uma plateia ou num auditório, sempre há os que estão mais dispostos a criticar do que elogiar ( Eu lembro de ter lido isso em alguma das revistas " Seleções Readers Digest em um artigo de Oscar Wilde " . De fato, alguns só aparecem para criticar. Não é diferente na vida. O número de pessoas dispostas a apontar nossos erros sempre será esmagadoramente maior do que o número de pessoas dispostas a sublinhar os nossos acertos.
Esse é um bom ponto de partida para nos equilibrarmos emocionalmente. Veja, você não pode controlar o que as pessoas dizem a seu respeito, mas pode impedir que elas te controlem com o que dizem. E isso é o que tenho que me policiar , principalmente sabendo que foi uma pessoa que me fez tão mal em minha vida
Todos nós já caímos de cara no chão e se fecharmos os olhos ainda vem o gosto de sangue ( Escuto aquele som do SURVIVOR " Eyes the Tiger" . Sentimos o gosto amargo das frustrações que nossos tropeços nos fazem engolir. Se ainda não aconteceu com você, acontecerá. Mas ainda que essa seja uma experiência universal, por uma profunda falta de empatia, geralmente não somos capazes de nos colocar no lugar de quem caiu, apenas apontamos a sua queda, com alguma arrogância.
O primeiro passo para deixar de viver uma vida miserável é deixar de agir assim. Ou, em outras palavras, o primeiro passo para deixar de viver uma vida miserável é deixar de ser miserável. Só a empatia pode nos salvar do demônio cínico que mora dentro das nossas línguas.
O importante, nessa história toda, é que você não permita que te definam a partir de suas quedas. E o ainda mais importante, é que não permita que você mesmo se defina a partir de suas quedas .
Cada vez que apontarem uma queda sua, responda com um solene: quem nunca?
Cada vez que você mesmo se acusar por ter caído, mostre ao seu demônio a quantidade de vezes que você se levantou em seguida.
Seja como for, não perca a oportunidade de dar um cala a boca na arrogância dos dedos que, outrora enfiados na lama, agora ousam apontar o seu tombo.
Quem nunca ?!