AS TRÊS TAÇAS E OS TRÊS FOGOS

É através do Sol Avatárico de Tiphareth, que a Divindade Amorosa, envia seu filho/filha brilhando na Inteligência ativa de Hod e no amor elevado de Chesed. Com o intuito de combater a ignorância das trevas, conectadas a fase oculta lunar, na esfera de Yesod. Em cada ciclo gasto, duma civilização em declínio (cada mil anos, como simbolicamente se fala no Baghavad Gita), a palavra do amor rigoroso, junto à ação do rigor amoroso, fez-se carne, para reconduzir à humanidade ao caminho da Lei perdida (Dharma).

Nestas alturas que o poder do "Livre Arbítrio" da humanidade, conectado ao ardor guerreiro, do aspeto destrutivo de Marte, de forma negligente abre os portões do abismo (Anti-Lei ou Adharma), pondo em risco às almas que tentam, infrutuosamente, evoluir em este planeta.

Pervertendo esta humanidade, com o engando do egoísmo.

Para corrigir esta tendência invertida, o Deus Pater, envia sua própria essência, na veste carnal do Avatara de Ciclo. Filho – Filha que vem com o conhecimento sagrado preciso, para penetrar no coração dos mais justos (nobres e valorosos), cuja capacidade sacrifício, vai finalmente a permitir a redenção dos povos que na luz confiam.

Surgem, também, os Manus ou guias, em períodos controversos, junto aos Iokanas ou anunciadores, para encaminhar aos povos mais fraternos, na procura duma nova senda ou tónica evolutiva, que permita a transiçao da noite para o dia, do ponto máximo de obscuridade (déclino) à chegada triunfal da alvorada (novo início).

Como grande presente de amor, por meio do sacrifício ritual na cruz da Árvore da Vida o filho ou filha, em missão divina, obtém o conhecimento velado, que revela aos poucos escolhidos: bons e generosos, que entregaram também suas vidas em favor do porvir fraterno. Quando a pulsão guerreira ególatra, minore e a calma interior abrolhe, esse povo escolhido – semente da renovação - expandirá a nova tónica evolutiva: salvando o sistema, suas cadeias e ciclos (Nos tempos atuais: final da Era de Peixe, início da Era de Aquário, entroncando com o final da Idade de Ferro ou Khaly Yuga, inicio da Idade de Ouro, da Ajuda Mútua: Satya Yuga).

Esse caminho que abrem os Avataras, guiam os Manus, anunciam os Iokanas, desata a impulsão da rota elevada do voo da Águia. Do nascimento das assas do Falcão e do disco Solar, que lembra Horus. Mas aquelas assas da liberdade, em nossas costas acrescentadas, somente podem crescer através do sacrifício pessoal: crucifixão do ego profano, na cruz solar da espiritualidade. Por meio deste processo ritualístico, o humano ser abandona o medo à morte, e ressurge das próprias cinzas materiais, sombras do apaixonado desejo, limpo de erro. Já não mais maculado: iluminado. Pois nessa esfera cabalística de Tiphareth, na cruz radial da Árvore Mística, ele ou ela, no mastro axial pendurado simbolicamente, receberá por primeira vez a verdadeira radiação crística. Luz gnóstica: apertura elevada pelo caminho vertical nº 3 da Imperatriz, que desce desde Kether. Aquele caminho linear que permite chegar ao Pai, por meio do conhecimento do Filho.

Esse trânsito ascensional que unifica na Árvore Cabalística os três Fogos: do Pai em Kether (Fogo do Altar); o do filho em Tipharet (Fogo do Lar e da Comunidade) e o fogo sagrado da raiz em Malkuth (do interior terra, que acende na natureza). Esse fogo primordial que chega do Logos Único em Kether, emanando a abertura máxima da força em Chokmah (pela senda 1ª do Mago). Precisa, ele, da radiante Taça da Mae, para o conter sua força, concentrando-a na esfera Binah (pelo carreiro 4º do Imperador); para transitar com o amor de Chesed e o Rigor de Geburah, ate a 2ª taça da virtude – escondida, resguardada em Tipharet (cálice sagrado, contendo a sangue real: a energia mística). Para finalmente a esta fértil chama poder concentrar seu fogo na natureza, 3º taça da fertilidade, nascida no umbigo de Netzach, aonde se chega pelo 14º caminho da temperança.

Estes três fogos masculinos: o espiritual - transcendental, o emocional - equacional e o físico - construtivo, precisam nas três taças femininas aninhar para equilibrar a luz no indivíduo, com a luz dos mundos. Conectado-as aos três sois ocultos, dos quais falam os místicos (espiritual, anímico e físico). Sois gnósticos que se entrecruzam na Triqueta celta, e na ascensão do cristianismo passaram a significar a trindade do Pai, espírito santo e filho; assim como podem representar os Três Logos em Um dos teosofos.

Lembram que todo ganho no caminho espiritual, depende do poder da perseverança, vontade primordial e atitude de coragem; junto com o sacrifício pessoal, que permite no silêncio da nossa alma conquistar à ascensão ao Paraíso: à paz daquele que seu interior harmoniza.

Mas como agora sabemos, em Niceia, definitivamente Constantino (em associação com Lactancio e Eusebio de Cesareia) retiraram definitivamente da mulher a taça que contem o fogo do altar e, a terrenal geminal taça da fertilidade. Condenando-a durante séculos a viver honrando a taça que contem o fogo do lar - comunidade (maternidade, amor filial). Retiradas do Poder Universal da Deusa Cósmica, de o Poder feminino da Fértil Deusa Nova; do tríplice aspeto da Deusa Soberana somente lhe foi permitido cultuar o materno.

Segundo nos explica Édouard Schuré, no livro "Os Grandes Iniciados", sobre o 7.500 a.C.; a Europa tinha caído num período de declino Matriarcal (com práticas de Magia Negra e Sacrifício Humano). O celta Ram, ruma para Oriente, como Manu - Guia espiritual, com o intuito de iniciar um novo ciclo regenerador, com uma nova tónica evolutiva ascendente. Chega finalmente à Índia, onde será lembrando pelo nome sagrado Rama, do Ramalhama. Por medo a repetir experiências negativas passadas, retira à mulher do cuidado (taça que contem) o Fogo do Altar, condenando-a ao cuidado do fogo do lar, e longe do cuidado da natural taça que contem o fogo da fertilidade.

No Concílio de Niceia, em 325, o Imperador Constantino, alastraria esse Período iniciado no Oriente ate Ocidente. Negando-lhe à mulher a necessidade de Conexão com dous dos três aspetos de Poder da Deusa Soberana, simbolizada pelas 3 taças... E ao mesmo tempo negando-lhe aos homens, o equilíbrio preciso que devém dos três fogos masculinos, recebidos sejam nas três taças femininas correspondentes.

Muitos dos graves problemas de hoje em dia provém deste histórico sucesso. Para recuperar esta harmonia preciso será, masculino e feminino, conheçam e compartilhem realmente suas essências. Para assim as três taças femininas e os três fogos masculinos do Trisquel - Corpo, Alma e Espírito: do equilíbrio Material, Psico-Emocional e Espiritual, regressem ao seio dos humanos seres. Encarnem de novo na Terra. Gerando Abundância, num novo clima de completo homem-mulher; mulher-homem, que possa inaugurar na terra mil novos simbólicos anos de paz permanente. Início de Mil simbólicas harmoniosas primaveras...