O TEMPO
O Tempo, à feição da água da cachoeira, traz do alto, em sua corrente tenaz, todas as coisas que encontra pela frente, sejam elas boas ou ruins, desimpedindo o seu caminho, no curso natural em direção a algo maior. Para onde?
Despenca, desesperadamente, abismo abaixo, como a fugir de algo. De que?
Quando desatentos, o Tempo já passou, como que se destruindo a si próprio, na renovação constante...
Ficam as coisas que mais peso têm, à laia de uma criança que não quer ir a lugar algum, querendo ficar estagnada em determinado lugar. Assim é o passado? Porém, "águas passadas não movem moinho".