Percebi que... me amo!

Percebi que não adianta amores mil

Não, não adianta;

Nem ignorâncias gratuitamente distribuidas.

Não se recebe agrado por agradar.

Não se recebe atenção por ignorar.

O outro está ali porque quer.

E quando não quer, arranja maneiras

Arranja desculpas.

Obrigamos o outro a ficar,

Talvez por gostar um pouco demais

ou talvez, simplesmente por carência nossa,

(preenchimento do nosso vazio existencial? que seja!)

Percebi que por mais que mendiguemos amor,

estaremos pedindo uma esmola vã.

Dentre tantas outras moedas que vieram e/ou virão sem querer

ou por querermos... não sei!

E que por mais que a outra pessoa esteja ali presente,

Ela não estará de corpo e alma

E talvez esteja tudo bem

Porque ela está "preechendo o vazio".

Mas talvez nada esteja bem,

pois agora percebo que para preencher esse vazio

ele deve ser mais que presença,

deve ser o modo de agir,

o zelo,

o cuidado.

E por esses pequenos (e não tão pequenos) detalhes,

dizer adeus seja a melhor (e única) opção.

E por esses detalhes,

Você consegue superar o que muito provavelmente

você pensava que existisse.

E vive!

Vive e não por uma questão de existência

E sim de ir em busca...

ser a sua melhor versão

ser você e não a coexistência de outro!

(...)

Amores vêm e vão,

você fica!

Trate-se bem.

Não, você não é egoísta por isso!

você só está percebendo que não precisa

de ninguém

e absolutamente ninguém

Para ser...

...feliz.

Angelin
Enviado por Angelin em 31/08/2020
Reeditado em 31/08/2020
Código do texto: T7051456
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