Amor de cinema não é o que eu quero
Depois de um tempo você para de querer um amor de cinema cheio de reviravoltas e passa a querer um amor calmo, leve e que não machuque. Entende finalmente que não há nada romântico em lutar por uma pessoa e se perder tentando encontrá-la. Que o que importa é o quanto as duas pessoas querem estar juntas e estão dispostas a fazer o possível para dar certo. Que não é sobre matar um dragão por dia e salvar a outra pessoa da torre mais alta do castelo, é sobre estar por perto e oferecer colo quando o outro desabar. Depois de um tempo você entende que o amor sozinho não basta. Que respeito e companheirismo são tão importantes quanto. Percebe que amor nunca é posse; é sempre uma escolha. É ter mil opções e escolher o outro todos os dias. Que o ciúme só faz mal para quem o sente, e que a outra pessoa nunca vai ser uma propriedade sua. Depois de um tempo a gente entende que o "para sempre" é algo relativo, que podemos continuar amando e tendo carinho mesmo depois do fim, e que os momentos juntos vão ser eternos nas nossas lembranças. Com o passar das estações e as voltas que a terra dá você começa a entender que um amor pode ser intenso e inesquecível, sem precisar ferir. Você percebe que o amor nunca vai te diminuir de si, vai sempre te transbordar.
Amor não é se doar por inteiro, é se compartilhar com o outro.