Não estar
Tem dias que quero deixar, que não desejo entrar em mim.
Eu quero me escorar, me ancorar, me achar em mim
Tem dias que há uma mesa, com muitos alimentos a se fartar
Tem dias que há medo, e a certeza de ninguém se importar
Somos dano, nos danificamos
Somos máquinas, a trabalhar
Somos corpos, humanos
Mas parecemos não estar
É a mecânica da vida
A flor que parece não desabrochar
São os caminhos frios
E o nunca despertar.