LIVRE

Fechem as portas

Tranquem as janelas

Pelas ruas da cidade

Anda solta

Uma besta fera

Dona Joana nem ligou

Deixou a porta fechada

A janela aberta

De repente viu na sala

Uma besta

Com olhos vermelhos arregalados

Dentes afiados

Cuspindo fogo

Com uma voz rouca

A besta disse

Está aí

A delícia do meu prato

Hoje não passo fome

Com essa loucura

Já estou farto

Dona Joana logo pensou

Cruz credo

Ave Maria

Meu Deus me livre desta fera

Que cospe e rosna

Não quero este fim

Para meu último dia

Uma luz incandescente

Iluminou a sala

A fera pulou a janela

Saiu na disparada.

papagua
Enviado por papagua em 26/08/2020
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