Você veio
sempre achei tão clichê as vezes em que me foram ditas que devemos viver o presente intensamente pra que não haja arrependimentos que categorizei isto como uma das maiores falácias possível, até você vir. até me fazer ver que além da imensidão da vida, nossa permanência é curta pra tentar me esconder e que, se já estamos no mar, o mínimo não é apenas molhar os pés. até dizer que se doar por inteiro é dose mas os “e se” que rodeiam os pensamentos corroem muito mais. até você desconstruir todas as minhas certezas e a minha mania de medir os pés pelas mãos porque a espera de momentos ideais é tão sugestiva que pode nem sequer existir.
você veio,
deu asas à minha visão
e em forma de liberdade ficou.