Algumas manhãs chegam conduzidas por amargores desesperantes.
Tão altos que emperram a passagem do verde mais calmo.
É óbito, é pânico, é virus, é falta de emprego, de óleo e cebola para dourar o arroz, é excesso de preconceito, de vaidade e de ruindade mesmo!
O fogo do desassossego dos inocentes também ardem nos olhos da gente. As barbáries nos cortam a fala, comprimem o peito, ressecam os planos.
“Tende bom ânimo”.
Eu tenho, Jesus! Mas algum estoque de força parece envelhecida demais. Aloja-se na carne o desatino do amor precário, da confusão, da cegueira.
O peso dos acontecimentos falta pouco enfartar a veia por onde corre os sonhos.
Chega a hora do almoço resolvo bordejar no meu local de trabalho, andar pelo verde que ainda nos resta
ad publicado por ysabella