A eloquência do silêncio
O silêncio sabe ser eloqüente.Tambem sabe responder às nossas inquietações. Ele pulsa, vibra, reverbera, age e reage.
Mas, também é modo inerte, enclausurado em uma hibernação longa e profunda.
Esse é o problema do silêncio. O que fazer, quando ele não "diz" nada? A gente fica sem chão, o coração fica na mão cheio de indagação.
Não se sabe, se põe fim ou reticências, se para ou se continua, se acredita ou se perde a fé, se espera ou se deixa desesperadamente de esperar.
Ele é bom quando quer, e mal em quase todo o tempo Com os de coração ansioso.
O silêncio tem sido muito duro comigo. Ele ouviu minhas questões, viu o quanto tinha "indagações", e simplesmente foi dormir. Ele fechou a porta, botou um cadeado gigante e me deixou aqui. Com a página, caneta, tesoura,e máquina de costura na mão, sem saber qual será a próxima ação.
Eu estou no meio de um silencioso turbilhão, com apenas uma pergunta no coração. Se tudo acontece como e quando deve acontecer, o que é esse tudo, e quando/como esse "tudo" irá se desenvolver?
O silêncio sabe ser eloqüente, mas comigo ele prefere ser mudo.