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A única coisa que me incomoda na morte é o “sumiço”. O acesso. É aquela pessoa que você vê todos os dias, de repente não está mais lá. A depender do que você acredite, densidade do que você acha que “aconteceu” com ela, se reduz ou aumenta. Sem julgamentos cristãos falarão em paraíso e inferno, espiritualistas em outras vidas e ateus… no cemitério, porém vivos e homenageados em legados e lembranças. Não importa… esse sumiço é sempre doloroso e a dor vai aumentando, diminuindo ou é apenas um incomodo… dependendo do nível de proximidade que você tinha com a pessoa.

… esses dias eu andava pelo meu quarto, coçando os olhos morrendo de sono. Eu procurava meu caderno. Eu queria escrever isso que estou escrevendo agora, mas o caderno estava no andar debaixo então me deitei e dormi. Eu pensava e formulava a seguinte frase: “quando uma mãe morre… antes do filho terminar de se criar… Deus a recebe chorando.”. Algo assim… melhor, pior… eu devia ter escrito na hora.