Primeiros dias
O obsessivo se resignou a observar
Muros, concertinas e o fulgido sol das 04:00 horas
horas antes anestesiado, no momento aturdido
Ela morando em mim. Meu eu junto a um sobrado
Sempre dizendo sim. Fragmentos de um pensamento alado
Duvidas não restam, que o que é de ser, há
Há mesmo um ser que resta?
Quando a culpa contrai o pecado e o pecado mora ao lado
Moramos eu, minha dor e o pecado, apertados naquele sobrado
E ela com espaço dobrado, ri-se desse negocio fechado
Ah quisera eu ter pensado!
Sobre os ombros agora não estaria este fardo
Escolhas de uma mente sofrida e que sofre
Observa a si como vil e os de fora nobres
nutre-se do que é vão, o perene lhe parece pobre
Não serei eu este legado
O locador terá seu espaço, recobrado e reabitado
Não por um pensamento, mas um espírito alado
E em mais nenhum lugar se sentirá inadequado
Porque a solidão e de quem por Ele não se sente acompanhado!