NOÇÃO
Se toda compreensão envolve sinais que passam pelo sistema nervoso, resultantes da estimulação física ou química do sistema sensorial, como atribuir imaterialidade a consciência? Contudo, por que pensamos, calculamos e antecipamos as ações antes de executá-las, invés de deixar que o acaso as determine?
O dilema da busca para reconhecer e explicar a consciência, dentro da qual vivemos acordados, seja a sua qualidade inerente mecânica ou, não humana, se possível entendê-la de uma maneira que dispense uma distinção simultânea entre estados ou propriedades mentais e físicas, nos retorna ao ponto inicial de questionar como as experiências mentais surgem de uma entidade corpórea.
O aspecto mais familiar/desconhecido de nossas vidas, o estado de estar ciente de uma coisa externa ou algo dentro de si mesmo, cônscio de ânimos internos e externos de existência como uma intuição subjacente num continuum que varia de plena consciência a um adormecimento profundo, origina-se de uma assimetria irredutível, particular e única que se manifesta na vulnerabilidade humana e além do alcance do entendimento comum.
Há uma crença que o sentimento conhecido inerente em nós é um fenômeno emergente da evolução, um tipo de comportamento controlado pelo cérebro, que a passagem da inteligência para a consciência requer a aquisição de uma linguagem humana para definir o cérebro como um órgão corpóreo governado pelas leis da física, sendo a mente, a capacidade do cérebro de sentir, pensar e raciocinar.
A questão crucial da materialidade da consciência humana, capaz de experimentar os próprios estados intencionais com respeito às coisas externas, com seu caráter recursivo, serialidade e objetividade separa os espiritualistas dos materialistas. Mas, a dualidade do problema não pode ser formulada!
Por que a consciência existe no mundo material? Não podemos definir essa questão, porque não podemos dizer o que é consciência, nem o que é algo material. Podemos descrever a consciência por suas propriedades, da mesma forma que descrevemos a energia. Podemos dizer que a consciência não é uma coisa independente de nós. Mas não sabemos.
Contudo, em nosso caminho de crescimento singular com todas as expressões, recursos e propósito imbuídos em nós, testemunhamos a manifestação intensa de vida como uma expressão única de Deus. Então, acreditamos que a consciência é estar vivo espiritualizado.