Percebi um céu meio cinza, umas folhas meio secas e percebi também que o meu coração dói.
Há um tempo meus olhos abriram e pude ter mais consciência.
Já não sei em qual ponto desviamos o caminho (se é que desviamos) e nem para onde esse caminho nos levará. Bobeira dizer que jamais sabemos onde nossas escolhas irão nos levar, porque essa é uma das certezas da vida. A imprevisibilidade, a vulnerabilidade, o risco que é viver.
Porém, meu coração dói não por não saber onde vamos chegar. Ele dói por enxergar tanta inconsciência, tanto automatismo, tanta anestesia.
O mundo está anestesiado. E isso não é bom.
Há um silêncio que paira diante dos absurdos.
Nós sofremos porque somos enganados, traídos... porque somos carentes. Porque queremos amor, atenção, reconhecimento. Porque queremos ter o que não temos. Agimos e reagimos a todo o tempo em nome dessas coisas. Descontamos nossas frustrações nos outros. Enganamo-nos, tentando disfarçar essas dores com coisas supérfluas.
Não paramos um segundo para abrir os olhos e o coração para um mundo que grita e sangra. Um mundo que está adoecido.
Posso gastar horas da minha semana vendo e falando sobre coisas que não me acrescentam nada, mas não uso cinco minutos da minha vida para ler algo sério e importante ou fazer algum bem a alguém. Porque esse é o tipo de coisa que faz eu me enxergar. Enxergar o mundo. Os erros, as falhas. As contradições. As incoerências. Faz ver minha fraqueza e imperfeição. Faz ver o sofrimento do outro.
E o mundo está anestesiado porque quer fugir da dor e do esforço. A dor que dá ao reconhecer a realidade e o esforço que precisa ser feito para melhorar a cada dia... Para virar gente de verdade.
Gente que sabe amar... AMAR.
As pessoas estão doentes e de braços cruzados por vontade própria. O mundo está do jeito que nós estamos construindo. Incomoda enxergar a realidade. E quem fala sobre ela incomoda muito mais.
Prefiro me incomodar e incomodar quem estiver a minha volta, mas anestesiada e doente eu não ficarei. Aqui no meu peito bate um coração que nunca será sufocado por mim. Sugiro que não faça isso também.
Belissimo texto escrito por minha querida psicóloga Cintia Cruz!
Há um tempo meus olhos abriram e pude ter mais consciência.
Já não sei em qual ponto desviamos o caminho (se é que desviamos) e nem para onde esse caminho nos levará. Bobeira dizer que jamais sabemos onde nossas escolhas irão nos levar, porque essa é uma das certezas da vida. A imprevisibilidade, a vulnerabilidade, o risco que é viver.
Porém, meu coração dói não por não saber onde vamos chegar. Ele dói por enxergar tanta inconsciência, tanto automatismo, tanta anestesia.
O mundo está anestesiado. E isso não é bom.
Há um silêncio que paira diante dos absurdos.
Nós sofremos porque somos enganados, traídos... porque somos carentes. Porque queremos amor, atenção, reconhecimento. Porque queremos ter o que não temos. Agimos e reagimos a todo o tempo em nome dessas coisas. Descontamos nossas frustrações nos outros. Enganamo-nos, tentando disfarçar essas dores com coisas supérfluas.
Não paramos um segundo para abrir os olhos e o coração para um mundo que grita e sangra. Um mundo que está adoecido.
Posso gastar horas da minha semana vendo e falando sobre coisas que não me acrescentam nada, mas não uso cinco minutos da minha vida para ler algo sério e importante ou fazer algum bem a alguém. Porque esse é o tipo de coisa que faz eu me enxergar. Enxergar o mundo. Os erros, as falhas. As contradições. As incoerências. Faz ver minha fraqueza e imperfeição. Faz ver o sofrimento do outro.
E o mundo está anestesiado porque quer fugir da dor e do esforço. A dor que dá ao reconhecer a realidade e o esforço que precisa ser feito para melhorar a cada dia... Para virar gente de verdade.
Gente que sabe amar... AMAR.
As pessoas estão doentes e de braços cruzados por vontade própria. O mundo está do jeito que nós estamos construindo. Incomoda enxergar a realidade. E quem fala sobre ela incomoda muito mais.
Prefiro me incomodar e incomodar quem estiver a minha volta, mas anestesiada e doente eu não ficarei. Aqui no meu peito bate um coração que nunca será sufocado por mim. Sugiro que não faça isso também.
Belissimo texto escrito por minha querida psicóloga Cintia Cruz!