A OBJETIFICAÇÃO DA VIDA
Vivemos num mundo onde até mesmo as vidas humanas e demais formas de vida se tornaram objetificadas para o consumo desenfreado das satisfações alheias. Nesse sitema, tão presente em nossa sociedade, está implícito o incentivo do consumo de momentos de prazeres fáceis e mesquinhos, como também de fetiches exacerbados pela manipulação das fantasias mais abjetas. Hoje, poucas pessoas admitem passar uma vida de sofrimento ao lado daquele que tem pouco a oferecer de conforto material, pois o importante mesmo é o gozo a qualquer preço nesse incessante jogo onde todos perdem e bem poucos ganham. Em meio a essa cultura de exploração sistemática da sensualidade, de criação de estereótipos que vulgarizam o nosso ser e de bombardeamento de imagens, a nossa integridade só pode ser tratada como peça descartável para o sistema, o qual privilegia somente aquilo que pode trazer ganho fácil para a efetiva vulgarização das relações humanas.Pois o que mais importa mesmo é o valor mercadológico de toda forma de vida e, especialmente, dos corpos esbeltos para o usufruto das falsas necessidades. Tais entes objetificados alimentam o perigo das relações humanas educadas na intolerância e apenas servem para as concretização ilusória das satisfações individuais de pessoas superficiais e mimadas, as quais não toleram conviver com a dor da falta e do vazio que só a luz da sabedoria divina pode tão bem preencher.