O FRUTO DO ABORTO
Da causa primária ,
Do visto de entrada falsa,
Da agonia sobre um vento
uivante , que grita pra lua
que precisa da rua depois
de nua e fantasma , cinza e
crua , pode gritar de prazer
sobre a causa primária
de gosto doce deitada imóvel
medo e terror abundante chove
o que o suor da besta mescla
de um sal impuro e fétido cuspido
cupido da fonte observa imóvel
jorra águas mortas no catre
de mármore manchado esquecido
coberto de folhas flores velhas
colores perdidas do vento que
passou , que passa e nada leva
do socorro ofegante infantil
prisão na máscara do perfido
intruso penetra no abismo e cala
toda voz que falava sobre
o que ainda não sabia e sentia
o que sabia ser parecido com
o conhecido mundo do "Deus
imortal com rosto de homem..."