Prisioneiros de si Mesmos
Que espécime de prisão é essa que temos de suportar.
Num corpo que adoece sempre e que não escolhemos necessariamente habitar ou viver .
E que temos de aprender a amar e cuidar pra não ficar gordo ou flácido demais.
Que prisão incoerente, injusta , onde é necessária a afirmação do outro, do cuidar, se pentear, vestir e se banhar.
Que prisão e que cuidar para não se atropelar, submetido ao ir e vir sem se mortificar.
Sondar ter de segurar a língua pra não pesar, as mãos para não apunhalar e os passos para não transgredir.
Necessariamente a condenação do ser humano não é outra que estar preso a um corpo que nem se sabe se livre será quando morrer.