Estranha




Sou assim, de conversas desconexas, sou um acaso.
Para o meu juízo, não existe cura. Acho que amei,
exagerado, talvez não devesse... O silêncio paliativo,
vai matando aos poucos, corro em busca do que é certo,
enquanto infinito...

Reparando o azul acinzentado
do céu, contando nuvens, enquanto o céu vai se perdendo,
na noite... Não quero ninguém por perto,
fico sozinha.

Gosto de caminhar incerto e quando me perco, volto,
tento encontrar os meus rastros até chegar ao meu abrigo
provisório que seja, pois nada é meu, tudo é passageiro.

Volto falando com as flores silvestre
que desenhei,
no eterno inverno da ilusão, onde o sol inventei, é que
ele serve de chuva e  as aduba até deixá-las perfeitas.
São elas que a minha vida enfeita.

Não costumo esperar nada de mim mesma,
e fujo quando anoitece.
Fujo do que julgo que sou, aparece uma estranha
em meu lugar, cada vez que amanhece.




Liduina do Nascimento
Enviado por Liduina do Nascimento em 14/08/2020
Código do texto: T7035476
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2020. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.