Amanhã fico triste
"Amanhã fico triste… amanhã!
Hoje não… Hoje fico alegre!
E todos os dias, por mais amargos que sejam, eu digo: Amanhã fico triste, hoje não…”
(Poema encontrado na parede de um dos dormitórios de crianças do campo de extermínio nazista de Auschwitz)
A literatura desses horrores trazem um retrato do quanto foi cruel e vergonhosa essa passagem. Mas nada poderia descrever com clareza o que de verdade sentiram as vítimas.
Quando li "O diário de Anne Frank" e depois tudo o que li me pareceu mais leve (se é que isso é possível) para meu ser, vi que não podemos banalizar toda forma de violência.
Vivemos um momento inesperado e incrivelmente triste e que ficará na história.
Hoje estou triste. Amanhã? Não sei.
Há uma linha muito tênue entre o horror e a banalização.