ARROGÂNCIA DA PRIMAZIA
Especificamente arbitrária, confusa e moralmente perniciosa, a cara feia do conceito essencialista contagiado por metáforas repreensíveis, busca classificar e fixar periodicidade interina a processos lentos e contínuos do domínio dos eventos gradualistas da natureza.
Seria a nossa essência anterior à nossa existência? Afinal, apesar de todo o conhecimento adquirido e em progresso, continuamos confusos e divididos sobre quando começa a vida humana.
Portanto, como poderíamos determinar em que instante do desenvolvimento da fetação um embrião deve ser considerado um ser com personalidade? Em qual momento é possível criterizar uma pessoa com morte cerebral, como sem vida? Em que dia da vida humana uma pessoa de meia-idade envelhece? Como é possível categorizar o nível de pobreza, se esse estado é uma continuidade condicional? Deveríamos traçar um paralelo literal em equivalentes em moeda para graduar o nível de pobreza?
Além disto, a determinação essencialista social define as distinções raciais para uma categoria distinta, ou, outra classificação descritiva, demonstrando a inabilidade cognitiva humana para tratar com a incorporeidade agente contínua, qualificando a etnia e a evolução humana como uma terminologia racial sem lacunas intermediárias. Essa mentalidade infortuna, repleta de perversão intelectiva similar é responsável, também, pelas polêmicas morais sobre o aborto, adoção e a eutanásia.