A INTUIÇÃO DE EINSTEIN
O canal por onde se escoam os insights espirituais chama-se intuição, e o premiado, foi Albert Einstein, que disse: “Não existe nenhum caminho lógico para a descoberta das leis do universo – o único caminho é a intuição. A religião do futuro será cósmica e transcenderá um Deus pessoal, evitando os dogmas e a teologia. Acredito no Deus de Espinoza, que se revela por si mesmo na harmonia de tudo o que existe, e não no Deus que se interessa pelo destino e pelas ações dos homens. Minha religiosidade consiste em uma humilde admiração pelo espírito infinitamente superior que se revela no pouco que nós, com nossa fraca e transitória compreensão, podemos entender da realidade”. E disse também: “Tudo está determinado, o começo e o fim, por forças sobre as quais não temos controle. É determinado para um inseto, e para uma estrela. Seres humanos, verduras ou poeira cósmica... todos nós dançamos uma música misteriosa, tocada à distância por um músico invisível”, cujas palavras, ele disse numa entrevista publicada em 26 de outubro de 1929 pelo semanal americano The Saturday Evening Post.
Bem antes de Einstein, o filósofo grego Zenão de Eléia (490-430 a.C.), o teósofo alemão Jacob Boehme (1575-1624) e também o filósofo holandês Baruch de Espinoza (1632-1677), tiveram suas intuições que são compatíveis com as intuições de Einstein, todos eles reforçados pelo físico e cosmólogo sueco Max Erik Tegmark, professor do MIT- Massachusetts Institute of Technology, que radicalizou a visão platônica, de que as idéias existem independentemente da nossa capacidade de conhecê-las. Segundo ele, toda e qualquer formulação matemática existe fisicamente, e o único senão é que esse universo talvez não tenha nenhum habitante com consciência, capaz de descrever os seus fenômenos físicos. Ele disse: “As próprias condições para a vida especificarão as equações que governam o nosso universo e nos dirão porque nenhuma outra lei é válida ou aplicável. Para mim, nosso passado, nosso presente e nosso futuro já estão decididos, e não há nada que possamos fazer quanto a isso”.
Aos poucos, ainda que lentamente, a ciência vai reconhecendo que o acesso ao pleno conhecimento, em se tratando da cosmosofia, está potencialmente na espiritualidade e não na racionalidade, como percebeu o astrofísico Robert Jastrow (1925-2008) que trabalhou para a Nasa, observando que quando os cientistas conseguem quase chegar ao topo da montanha, eles enxergam lá no topo os filósofos reunidos há séculos. Vejamos o que ele disse:
“Neste momento parece que a ciência nunca será capaz de erguer a cortina acerca do mistério da criação. Para o cientista que viveu pela sua fé na força da razão, a história encerra como um sonho ruim. Ele escalou as montanhas da ignorância, vê-se prestes a conquistar o pico mais alto; à medida que se puxa a rocha final, é saudado por um bando de filósofos que estiveram sentados ali durante séculos. Os astrônomos agora se encontram entre a espada e a parede, porque procuram entender, pelos seus próprios métodos, que o mundo começou abruptamente num ato de criação, onde é possível inclusive rastrear as sementes de cada estrela, cada planeta e cada ser vivo no cosmos e na terra. E eles descobriram que isso aconteceu como consequência da atuação de forças que eles não esperam sequer descobrir... Que existe aquilo que eu ou outra pessoa qualquer chamaria de forças sobrenaturais em ação, e agora, acho, um fato científico provado”.
Os cientistas da natureza, e todos os que pretendem evoluir espiritualmente, para que possam compreender quais são essas forças sobrenaturais admitidas por Jastrow, devem se despojar de quaisquer resquícios de auto suficiência, bem como das suas convicções imutáveis, e estudar profundamente todos aqueles que tiveram o privilégio de serem agraciados com os insights espirituais, através da sua intuição, pois como percebeu Einstein, não existe nenhum outro caminho, a não ser este.
Porém, a intuição não depende da nossa vontade, cabendo-nos apenas a disposição permanente de encontrar o conhecimento espiritual, concretizada na sua busca incessante, pois trata-se de uma tarefa pessoal e intransferível de cada indivíduo. Essa busca, bem sucedida, pode resultar no novo nascimento, e somente aqueles que, pela Graça, nasceram de novo, conseguem obter a incidência dos insights espirituais, que são apreendidos pela sua percepção também espiritual. Esse evento, é o maior prêmio que o ser humano pode receber no âmbito espiritual, e o seu desdobramento, é o surgimento de mais um ramo na videira de Jesus Cristo, que passará a frutificar, colocando os frutos à disposição de todos os que têm interesse em construir e desenvolver a sua própria plataforma espiritual, tornando-se um candidato a também receber a Graça do novo nascimento, cuja importância observa-se de forma bem explícita em João 3:3,5.
Resumindo: Através do insight espiritual ocorre a conexão entre o Espírito de Deus e o espírito humano, cujo insight se comunica através da intuição, e confere ao ser humano o conhecimento espiritual de Deus, o qual fixa a fé, que então é absorvida pelo conhecimento, pois quem conhece não mais precisa acreditar, concretizando o novo nascimento deste ser humano, transferindo para a sua racionalidade, o conhecimento espiritual adquirido, que é pessoal e intransferível pelas racionalidades entre si.
I Coríntios 2:14,15 – O homem natural não aceita as coisas do Espírito de Deus, porque lhe são absurdas; e não pode entendê-las, porque se compreendem espiritualmente. Mas aquele que é espiritual compreende todas as coisas, ao passo que ele mesmo não é compreendido por ninguém.