SAUDADE
Na especulação ociosa da nostalgia, o vício dos idosos, estamos divididos entre o familiar e o desejo pelo estranho e os lugares que nunca conhecemos, e amparamos os fragmentos da memória contra as ruínas da lembrança das coisas passadas que estão perdidas e não podem voltar. Assim, perdemos a serenidade acreditando que as coisas nos perturbam, e usamos o futuro para escapar do presente, pensando em como fugir dos problemas um dia, conjecturando que o tempo nos sustenta.
A lembrança, na ignorância e dor pelo que nunca tivemos, e o sentimento de conhecimento e prazer pelas coisas que apreciamos, nos trazem a perspectiva e a objetividade da distância.
Portanto, lembremo-nos de agradecer pelos poucos momentos em nossa vida em que somos verdadeiramente e completamente felizes, pois, a realidade é como pensamos sobre os eventos que criam a verdade que experimentamos.