DANÇA DA VIDA
Vozes distantes, ecos imemoriais e sussurros infindáveis. Pistas de outrora, vindas de um longínquo e familiar passado. Tão distantes, imemoriais e infindáveis quanto o conforto e o prazer de senti-los uivando de dentro para fora de nossas almas e ecoando em nossas mentes. Ermos passados de um futuro presente, carregando a mais básica e virtual essência da existência. Ela simplesmente está ali, como uma bailarina aficcionada, rodopiando e bailando no ritmo dos insondáveis e distintos filtros da realidade, nossas emoções. Muitos ermos, novos e esquecidos, são explorados por nossas lentes emocionais. Estaríamos nós enxergando bem? De modo deturpado? Estaria nossa bailarina interior com dificuldades de seguir sua graciosa dança?
Vontades brotam no anseio de um universo de devaneios, vindas dos limites mais distantes além do insano. Dancemos aos ares desses desejos proclamados por essas gentis e doces vozes, que ecoam e chegam como sussurros. Dancemos a dança da vida acompanhados do inevitável afago da morte, para que se lembre de não se corromper nos oceanos da insanidade. Há muitas notas a serem ouvidas e tocadas, muitas notas profundas a serem descobertas e conhecidas para então entoar a canção inerente do próprio ser, sentir e existir.