Saudade da comunicação


Confesso! Cheguei ao limite, não posso mais me conter,
Diante do exposto é o que me resta fazer.
Ele define, comanda os destinos de tanta gente, e o tempo todo mente.
E ainda tem quem, na internet, desabone nosso jeito de ser.
Por essa razão, não uso mais a rede, o celular,
A rede virtual virou espaço de ilusão.
Para piorar os aparelhos eletrônicos tomaram conta do mercado.

Olha! Eu vou lhe contar um caso muito particular - adquiri um toque,
Por isso não posso ouvir um barulhinho que já vou logo ordenando em tom grave,
Desliga, desliga essa... Ameaça que não para de tocar.
O meu vizinho quando soube o que aconteceu comigo logo exclamou: me de seu aparelho,
Ele é de última geração será muito útil para mim, me dá, me dá.
O coitado nem faz ideia do que estava me pedindo de antemão.
Em nossos dias em que todos andam sozinhos senhores de si com um aparelho celular na mão.

Vislumbro um futuro aonde ver gente só poderá ser possível na tela,
E contato só será virtual, compreende irmão?
Viveremos em mundo incrível, tecnológico, mas em profunda solidão.
Não pense que sou saudosista mais já sinto saudade do tempo do aperto de mão,
Da palavra amiga, de estar de frente a uma situação de poder contar com alguém para consolar meu coração.

No futuro! Alguém irá dizer quem me dera poder desligar o telefone sem perder o sentido, o rumo, a vida e poder confiar novamente na comunhão.
Por certo, o ser de que falo especulativamente ainda está por nascer, de outra geração.
Mas se há algo que ainda posso desejar é que o ser humano recupere o valor da comunição.