Sartre, Nietzsche e vc!
O homem nada é além do que ele se faz. Esse é o primeiro princípio do existencialismo.
São nossas ações que nos definem. Ninguém rouba, por ser ladrão. Torna-se ladrão, ao roubar. Não existe, portanto, uma essência que nos define. É nossa atuação no mundo que diz quem somos. Não existe essa de ser bom e fazer mal. Se fazemos mal, tornamo-nos maus. Ainda que seja temporariamente ou direcionado a uma situação específica.
O mal e o bem estão à nossa disposição. E somos condenados à liberdade de ter que decidir entre eles. E uma vez que somos livres para decidir, somos responsáveis por tudo que fazemos.
Laços afetivos não devem ofuscar nosso julgamento, não nos permitindo enxergar a gravidade do crime. Ter amizade ou amor por um criminoso não o inocenta. Sua mãe, por mais importante que seja pra vc, não é, perante a lei, mais importante do que a mãe de quem quer que seja; pois somos todos iguais perante a lei. Pelo menos, assim deveria ser.
Não devemos ter pena ou compaixão do criminoso, ainda que nosso amigo. Devemos ter compaixão pela vítima, ainda que nos seja desconhecida.
Maikon Jekson
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“Vosso amor ao próximo é vosso mau amor por vós mesmos.
Fugis de vós mesmos em direção ao próximo, e desejaríeis fazer disso uma virtude.
Mais alto que o amor ao próximo está o amor ao distante.
Meus irmãos, não vos aconselho o amor ao próximo: aconselho-vos o amor ao mais distante.''
(Assim falou Zaratrusta, Friedrich Nietzsche)