Tem coisa que leio, mas não entendo.
Tem coisa que leio. Leio, mas não entendo. Não por ser desprovido de imaginação ou interpretação. Mas, que por tanta licença poética, a poesia passa, o sentido passa, o enigma fica misturado a tantas figuras de linguagem, que a linguagem em si resume-se a figuras. Talvez seja essa a beleza da coisa: o mistério a ser decifrado ou apenas o jogo das palavras, ou não. Se assim o for, prefiro me abster de decifrar, jogar e por fim, pecar. Então, aceito que nem sou incapaz de entender, nem a outra pessoa é indecifrável, apenas não nos conectamos desta vez.