Rabiscos do tempo
O tempo segue por trilhas milenares e vai coalhando de histórias, as pessoas e coisas, deixando rastros sem pisadas. As estações se alternam magicamente. Outono se desfolha para entregar-se ao frio do inverno. Fazem amor e se deixam vestir de primavera, que em pétalas se abre para o colo quente do verão. São afagos e ternuras constantes, cada qual com suas singularidades.
Nas cercanias da alma, fulguram tesouros e obscurecem penúrias. São garimpos de fé e plenitude, dividindo o mesmo espaço, com errôneas obras e atitudes, porque o ser é mesmo, essa fragilidade de brisas, passeando campinas, como também a impetuosa avidez de um furacão devastando os mesmos prados.
A vida é canção despetalada num bem-querer e malmequer. Sempre surpreendente, sorri e chora nas paralelas que seguem entre as antíteses. É preciso saber discernir diferenças e ajustar-se em meio a elas. Buscar no lixo das emoções a reciclagem perfeita para fazer valer as razões. Quem assim não faz é dado à inércia. Que cada dia traga em si, a certeza da vida. A história se faz e o futuro espera mais capítulos. Que sejam felizes.
Takinho
Bela interação do POETA OLAVO
Grato!
"O tempo que o tempo tem
É o tempo que a gente tem
Aproveite seu tempo bem
Enquanto o seu tempo vem."