Capa do meu livro solo de estreia, na impressão

MULHERES ESCRITORAS

Nossa cultura tem dessas coisas tristes.
O nome de Maria Firmina dos Reis, juntamente com outras escritoras mulheres, inclusive Clarice Lispector, aparecem no prefácio da Coleção II Mulherio das Letras 2020, onde estreio com meu primeiro livro solo, Retrato em Verso e Vista, Editora Venas Abiertas.
No dito prefácio, menciona-se o descrédito que a mídia e a crítica dão a autoras femininas e o quão é difícil penetrar nesse espaço tradicionalmente dominado por homens.
Clarice Lispector não obteve a compreensão do seu processo criativo no seu romance de estreia, "Perto do Coração Selvagem".
Também sua poesia não logrou aprovação diante de Vinicius de Moraes, quando ela lhe mostrou um soneto. 
Ainda bem que Clarice não desistiu. Assim como eu e muitas outras mulheres não desistimos nem desistiremos, jamais. 
Sabemos a força da palavra. E acima de tudo o bem que escrever faz a quem escreve e ao mundo. 
A palavra, em muitas circunstâncias (como agora, por exemplo) é vital para sobrevivência nesse tempo de pandemia e pandemônio. 
Palavra é criação, bálsamo, cura, ressignificação do real e do óbvio.