até que ponto há liberdade?
o prazer está contido, quase que implícito, em um verdadeiro pesar,
de não querer mais continuar sendo escravo de um instinto,
nem tornar-se escravo da razão,
eu vejo a agonia que paira sobre essa gente,
quase que aflita, num misto de loucura e confusão...
Ainda estou são..
Rompi a barreira que separava a mera causalidade,
sobrepus em meu peito o mero instinto natural,
agora questiono a pureza que paira sobre este culto racional,
até que ponto há liberdade, será que ao menos na arte?
Ou tudo isso é fruto de uma divindade celestial?
Não quero o sangue de inocentes,
não pretendo purificar o que já se corrompeu,
tampouco desejo ser servo de um universo que não seja meu...
Mas ciente da minha incapacidade, começo a aceitar este destino,
e agradecer pela oportunidade que me foi dada em poder estar,
isso não significa que minha alma ficará quieta,
pois ainda que a cobertura do meu túmulo esteja deserta,
eu nunca, nunca deixarei de lutar...