INIMAGINÁVEL
Em dezembro de 2019, na cidade chinesa de Wuhan surgiu e foram confirmados os primeiros casos de uma nova epidemia, que se transformou numa pandemia desproporcional, e vem infectando a população mundial, que se familiarizou com as amplas características da epidemia do vírus Novo Corona, se intensificando no radar público de forma intermitente e devastadoramente letal, matando rapidamente a maioria das pessoas infectadas através da proximidade do contato entre pessoas, causando mudanças em todos os aspectos da vida e das atividades da humanidade, desde os recônditos das florestas tropicais de baixa densidade populacional aos grandes centros urbanos, explodindo inevitavelmente como um pesadelo impensável através da mobilidade moderna, quase simultaneamente em muitas cidades e capitais de vários países despreparados.
Na era moderna dos testes genéticos sensíveis, um desastre em uma escala de atuação rápida e letal, atualmente, com 16.018.543 milhões de infectados e 644.643 mil mortes pelo vírus, números que provavelmente estão subestimados, pois ocorreram óbitos por causas secundárias dadas aos hospitais serem sobrecarregados ao lidar apenas com pacientes com o Covid19, a ineficiência de testes, ausência de estrutura nos sistemas de saúde, corrupção e descaso político.
O fato é que a pandemia está demolindo a estabilidade econômica, social, familiar e funcional dos países, obrigando as pessoas ao confinamento domiciliar e em centros de quarentena, a não se aproximar muito ou tocar em outras pessoas, além do desemprego. O medo, a suspeita e as teorias de conspiração aliados ao jornalismo irresponsável e a mídia especulativa agravam a crise.
Ninguém estava preparado para a magnitude desta crise de saúde! Até mesmo a Organização Mundial da Saúde, estava despreparada. Muitos pensavam que tais calamidades só aconteciam em lugares distantes. Esta perda de inocência, ou complacência passiva, nos antecipa uma nova maneira de ser no mundo que podemos esperar que mudará o nosso fazer num novo futuro de mudanças e novas possibilidades.
Contudo atividades e serviços essenciais vistos como comuns, estão sendo os grandes heróis, médicos, enfermeiros, motoristas de ambulâncias, equipes de sepultamento, com escassez de todos os recursos que os tornariam eficazes ou os manteriam seguros vem combatendo frontalmente, muitos vitimados pela doença, mas, determinados em prover seus serviços para amenizar o sofrimento, conter a disseminação e assistir na recuperação dos infectados.
Enquanto lutamos para entender a surrealidade do momento global atual, numa realidade com nova face que o mundo tem muita dificuldade em enfrentar e entender, e muito menos em explicar, devemos buscar compreender, não temer a vida, pois, não há inutilidade na natureza, exceto a futilidade complicada da ignorância. Sem esse entendimento, estamos destinados a viver em um estado de angústia e desespero.
De fato, não estamos equipados para pensar racionalmente ao lidar com as coisas mais ilógicas e impensáveis, pois, aparenta estarmos nos apegando às margens de um mundo desconhecido que está abalando até nosso desejo de conhecê-lo.
De alguma forma, medicamentos serão criados para combater e eliminar esta nova endemia fenomenal, e encontraremos uma maneira realista de lidar com o novo mundo de perigos, riscos, probabilidade de mudanças e novas possibilidades pós-pandemia. Porém, teremos que enfrentar a realidade emergente com reflexão, pensar, desenvolver a nossa capacidade de prever e prevenir, trabalhar, viver e agir juntos de maneira muito diferente do que estamos fazendo atualmente, pois, esta crise de saúde e suas repercussões, já estão reorientando nosso relacionamento com o governo, com o mundo exterior e até um com o outro, e mudarão o mundo permanentemente, reformulando a sociedade de maneira duradoura, desde a forma como viajamos e compramos casas, até o nível de segurança, vigilância e trabalho a que estamos acostumados.
Já podemos ver as oportunidades que os momentos de crise apresentam na valorização revivida do ar livre e outros prazeres simples da vida, no uso mais sofisticado e flexível da tecnologia e menos polarização. Ninguém sabe exatamente o que virá, mas o governo, saúde, economia, nosso estilo de vida e muito mais mudarão.