Imagino, logo existo
Não se engane: a imaginação diverge do pensamento. Imaginar é não arquitetar um futuro; é criar inconscientemente a mais momentânea das ideias ; é navegar por um presente despreocupado e surpreendente, como se houvesse a possibilidade de projetar uma noção acima do degrau divino e universal. Talvez a imaginação supere o irracional; Talvez “imaginação” seja uma palavra meramente situada, por carregar inferioridade frente ao seu tão subjetivo- ou indefinido- significado. Talvez o pensamento, pela racionalidade característica, não se sobressaia tanto aos olhos do ser criativo.
O “talvez” foi usado exageradamente, mas insuficientemente, já que o imaginar existe-ou supera a existência-ao se apoiar no mistério e na incerteza.