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Eu era pequeno quando meu pai tinha um revólver em casa.

Um dia resolveu vendê-lo, pois todo dia lhe perguntava se podia vê-lo.

Medo e prudência.

Outro pai comprou o revólver.

Anos mais tarde, aquele pai atirou na vida de sua filha.

Tristeza e arrependimento.

Hoje, eu, adulto e pai de uma menina, o revólver está de volta.

Vou seguir o rito:

preservar e repetir o que mantém a vida viva.