MEUS OLHOS
Sorvo olhares e meneios
Sorvo como orvalhos primeiros
Caminho aclimatada em permeios como habitasse mil mundos
E meus pés e dedos estão imundos
E o diabo carrega-me nas costas
E seus espinhos retalham-me em postas
Sempre soube que silêncios valem ouro
Mas tal ciência é inda mais escondido tesouro
Pelos usuais recitares de louro
Esganiçadas falas...
Então inda mais me calo
Sorvo olhares e meneios
Sorvo e sofro
Porque o que se passa em mente
O alheio não sente
E se sente, mente
Mesmo se esfola a corrente
Mesmo se corta rente
E meus olhos são tão diferentes...
Meus olhos não dizem tudo
Meus olhos encerram meu mundo
Sorvo olhares e meneios
Sorvo como orvalhos primeiros
Caminho aclimatada em permeios como habitasse mil mundos
E meus pés e dedos estão imundos
E o diabo carrega-me nas costas
E seus espinhos retalham-me em postas
Sempre soube que silêncios valem ouro
Mas tal ciência é inda mais escondido tesouro
Pelos usuais recitares de louro
Esganiçadas falas...
Então inda mais me calo
Sorvo olhares e meneios
Sorvo e sofro
Porque o que se passa em mente
O alheio não sente
E se sente, mente
Mesmo se esfola a corrente
Mesmo se corta rente
E meus olhos são tão diferentes...
Meus olhos não dizem tudo
Meus olhos encerram meu mundo