O caso da advocacia. Idiocracia versus intelectocracia

Vivemos em uma sociedade em que, para se tornar advogado ou juiz, no sentido de árbitro das relações e conflitos humanos, é necessário decorar uma série de leis e passar com louvor nas provas ou mesmo por indicação de terceiros. No entanto, para julgar os outros com justiça, a sabedoria parece ser de vital importância, e não é algo que possa ser plenamente "treinado" ou capturado em provas sobre constituição e/ou código de leis. Em uma sociedade pretensamente inteligente como a que existimos/resistimos, concepções vagas, tendenciosas e inexatas aos critérios estabelecidos, como as que constituem todo o processo seletivo para o exercimento da profissão exemplificada, são a regra máxima, sem ter sequer exceções.

[O que é preciso para julgar as pessoas com justiça ou... sabedoria??]

Pois em uma sociedade intelectocrática, a sabedoria seria a principal exigência, não apenas para a advocacia, mas, também, para as outras profissões, já que, é a partir dela que sabemos o quão lúcido e autocrítico o indivíduo pode ser ou ser capaz de se tornar.