Ponto Cego
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Lia Rowlands
28 de junho ·
Tem sempre aquela hora em que chegamos ao limite...
Com alguém ou com alguma situação...
Aquele instante em que se percebe que ou está pronto pra atender a necessidade do outro na hora, ou deixa de ser aquilo que sempre foi...
A sua individualidade deixa de existir e passa ao estado de necrose...
Onde não há o que salvar...
É necessário amputar...
Arranque tempo do teu relógio e atenda...
Dilacera teu pensamento e entenda...
Faça o que for necessário pra que estejam sempre felizes por você existir e estar ali disposto a tudo...
Escutar...
Aconselhar...
Amparar...
Suportar...
Mas e você ...???
Quem vem te socorrer...???
Quem pergunta se tá tudo bem com a sua vida...???
Se quer ou precisa conversar...
Entre milhares de pessoas... só algumas poucas se salvam no quesito empatia...
Sendo capazes de ver que qualquer relação pra ser boa é ida e volta...
Que tem alguém ali, que pode não ter mais vontade de estar 100% disponível...
Pois essa pessoa também precisa se restaurar pra estar 100% bem...
E essa pessoa, é você.
Então você se recolhe...
Se afasta...
Em isolamento emocional...
Silencia...
E vai tentar achar onde foi o ponto em que se perderam...
Onde foi o ponto-cego em que não viram mais um ao outro...
Aí sim existe a possibilidade de continuar...
Mas dessa vez por você...
Sendo a tua prioridade zero...
Sem deixar NINGUÉM se tornar mais importante que você mesmo...
Nesse momento você se descobre capaz de fazer o que sempre foi feito com você...
E talvez não haja nada de errado com isso...
É o mais puro instinto de preservação...
L!@Row
[Texto adaptado] 18/07/2.020