ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE A FALSIDADE (1)
# As pessoas, quase sempre, quando querem algo de alguém, tratam-no com a maior dissimulação possível. Assim, é preciso ter-se muito cuidado com o desconhecido, afinal a fera selvagem, para não perder a presa, só dar o bote no momento exato.
# Para você conseguir viver, razoavelmente, bem nesta ilha de dissimuladores, chamada Terra, você tem que, inúmeras vezes, mesmo com o coração partido de dor e, extremamente, constrangido, esboçar um sorriso nos lábios para quem jamais o merecia.
# Durante a existência de nossa vida, adquirimos grandes cicatrizes no espírito. Uma das mais cruéis e que mais acoima, é aquela adquirida pela iniquidade de um amigo ou parente falso e maldoso.
# Não tenho poder para evitar que pessoas dissimuladas, e de mau caráter, aproximem-se de mim com promessas falsas; mas tenho o poder para escutá-las e dar o devido interesse: o desprezo.
# Um semblante dissimulado tem, muitas vezes, o poder de camuflar o que de falso o coração sabe.
# Um inimigo declarado não é coisa boa, mas um falso amigo é, extremamente, pior.
# O ciúme tem um poder maior para supor de forma falsa, do que ter imaginação para encontrar modos para se descobrir a realidade.
# A falsidade cometida por um falso amigo é muito dura, e acoima mais, porque atinge e dilacera, diretamente, o coração.
# Tudo que parece verdadeiro, pode parecer, também, falso: só através de uma severa constatação será possível de redimir a dúvida.
# É, extremamente, mais perigoso o ato de um desafeto esboçar-nos um sorriso do que, publicamente, soquear-nos.