O QUE EFETIVAMENTE SOMOS
O que acreditamos é irrelevante para o mundo. No que acreditamos, ou o que acreditamos, é tão somente um referencial para nós mesmos. O que irá refletir além de nós, se espraiar além de nós, fazer alguma diferença para o mundo externo a nós, é o que fazemos com o que acreditamos, é o que iremos fazer com o nosso cabedal, esse nosso patrimônio, especialmente intelectual e moral. Em suma, as nossas ações. O que acreditamos, a fé que temos, as crenças que temos, os valores que temos, os ideais que temos, são nossos, fazem parte imanente de nós mesmos, são um norteador para o nosso modo de pensar. Esses valores, esses ideais, essa fé, essa crença pouco ou nenhum interesse suscita ao mundo externo ao nosso ego. Então, alardear, apregoar, bradar que somos isso ou somos aquilo, que acreditamos nisso ou naquilo não nos fará melhores, superiores, distintos, mais capazes, mais qualificados, mais dignos que os demais, que qualquer outro em cotejo. Mas sim as nossas ações, simplesmente as nossas ações, deixarão às escâncaras para o exterior a nós aquilo em que acreditamos, aquilo com o qual o nosso espírito está afeito, aquilo com o qual ele comunga, tem sintonia de sentimentos, com o qual se identifica. Um homem pode dizer que é alguma coisa, porém as suas ações dirão exatamente o que ele efetivamente é.