Partir não é indolor
Luiza Rowlands
20 de dezembro de 2019 ·
Todas as despedidas são dolorosas, por mais que a gente tente não sofrer, é inevitável que fique sempre aquela pontada no peito, aquela agulhada no pensamento...
Não tem como ser diferente quando a gente aposta em alguém que gosta...
Quando um sentimento se faz ao longo das conversas, dos pequenos gestos... É difícil entender que não terá o abraço tão esperado... o contato tão desejado...
Mas aí a gente tem que olhar outras coisinhas que passaram despercebidas, pelo encantamento que havia... É natural a gente ficar meio cego pro que tá na nossa cara mas a gente nem quer ver...
Mas essas coisinhas estão lá... basta olhar com um pouco de atenção...
Tá lá a mensagem que não teve resposta, ou se teve demorou uma eternidade pra chegar...
Tá lá aquela conversa morna, com aquele papo bobo, sem graça, sem sentido...
Tá lá aquele jeito estranho de não se importar com o que a gente pode estar pensando... ou se preocupando...
Tá lá aquela velha e esfarrapada desculpa...
Tá lá aquele 'pouco caso' que a gente não tem culpa...
Tá lá... tá tudo lá... é só olhar com olhos de querer ver...
E vai ver... Vai conseguir perceber que sentimento que se sente sozinho, não é sentimento que rende...
Não é energia que prende...
É uma planta que não dá flor...
Por isso é preciso aprender a partir também...
De onde não existe amor...
Lu!z@
L!@Row