A Coragem da Essência

A Essência não teme, máscara? Não tem. A essência existe em mesma, sem querer justificar-se ou abraçar as frivolidades. É o que não muda. É aquilo que é. Essência, palavra boa. Muito usada para definir o cheiro, o cerne. Essenciais. Talvez não como a palavra é usada, no sentido de necessidade mas, em termos de nós mesmos, somos. O pertencimento, digno de quem vê, está no menestrel de nossa busca. Nele regozijamos, convencidos de que a aclamação é parte da verdade. Muitas vezes escondida ou reclusa, a verdade se apresenta nos detalhes e já dizia o velho ditado o diabo é quem mora neles. Eis que então nos vemos nus, salvo as vestes do corpo, não conseguimos nos esconder. Fruto da beleza e da vanglória, quem desabrocha tende a não caber em si. É nessa hora onde o tranquilo e o revolto torna-se mar. Mar de contrariedades, reflexos e desatinos. Um mergulho na essência é certeza de jamais voltar para a nossa casca rasa. Mergulhar na essência é surpreender a verdade em seu hábitat natural e sacolejar o Universo sem se perder na sua profundidade.