Um suspiro de socorro

"A vida é um pêndulo que oscila entre o tédio e o sofrimento. A felicidade é apenas uma cessação de ambos!'' - Arthur Schopenhauer

Um mundo de expectativas, relações e criatividade. Um mundo pelo qual vale-se a pena lutar. Mas, por que eu continuo parada como se tudo fosse monótono e indiferente? A luz opaca que atravessa minhas cortinas e o vento que adentra o meu quarto trazem um sopro de felicidade que parece não se materializar mais em um ambiente tão hostil - com uma energia similar à raios infravioletas, ou seja, quase que invisíveis -. Talvez eu não mereça a felicidade, e ela venha como um simples e pouco duradouro episódio.

Realmente, Schopenhaur, tinha razão. Por que? É tão simples: minha vida se resume a dor, tristeza e sofrimento. E a euforia? Tão opaca e translucida quanto os pequenos raios de luz que ultrapassam o escuro e frio bleckout da minha cortina.

O escuro? É o escuro. Tão frio e vazio. As vezes me sinto como um urso polar, presa em grandes pelos de uma cama enorme, preservando o calor e a vida. Porém, por fora, um frio se instaura ao meu redor, e, de vez em quando, esse frio parece me congelar por dentro. Realmente, não consigo ver ou saber o que é pior: sentir tudo ou não sentir nada, apenas uma angustia que dói no fundo da aura. Mas, calma! Eu ainda não desisti de tudo. Talvez seja apenas um período ou um paradoxo mais propenso à uma desistência próxima.

Talvez seja só um texto comum em um lugar comum sobre coisas comuns. Mas, apenas talvez, seja um pouco da realidade e tristeza que me abrange. O pragmatismo, com toda certeza, deve ser considerado.

Babs_AguiarSilva
Enviado por Babs_AguiarSilva em 11/07/2020
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