Como olhar para nossos defeitos?
Podemos carregar eles nas costas, pesados, como uma carga a mais que fingimos não sentir, ignorar e leva-los conosco. Ou podemos enxerga-los como uma motivação para o nosso dia, um motivo para acordar, uma obra a ser construída, um desafio a ser superado.
Em um belo dia de sol, uma mulher com o suor de seu corpo, pega um tijolo, pega outro, mais outro; quando percebe está pegando dois tijolos de uma só vez, depois três, quatro. Depois do insistente trabalho, concentra-se para respirar, descansar: a obra está incompleta, a noite chega, ela se alegra, sente que seu dia valeu a pena. Tijolos foram construídos, movimentos realizados, ações concretas.
Assim funciona nossos defeitos: construímos tijolos, dia após dia, edificando nosso ser, aceitando que ainda somos uma enciclopédia de defeitos, de A a R. Ao longo de nossa obra, de repente, a letra R passa a ser substituída pela S - paramos de olhar nosso próprio umbigo e agora estamos preparados para Servir o próximo, o mundo ao nosso redor, e, com esse Serviço seguimos agradecendo pelos defeitos, aceitando, vendo-os como oportunidades de desenvolvimento e superação. Seguimos, juntos, unidos, transmutando as letras em uma enciclopédia de virtudes que ainda inicia-se somente com uma letra.