Mais um filosofia inútil da minha vida que pode ter-lhes algo últil, ou só ser perda de tempo mesmo, e tão cumprida quanto o título.

Queiram desculpar-me, e estou de volta. Tive que fazer o retiro do voltar, pois estava perdida. Não dá para ter confiança sobre o que se escreve se falta confiança sobre o que se pensa. É complicado saber quem você é e o que você quer se você está vivo, porque a cada segundo você se transforma em algo diferente, independente para qual direção se vá. E não adianta pensar que parado você está conservando-se, pois, é só lembrar das leis da física, quando um objeto está inerte, seu peso e a gravidade estão ponto pressão em seu corpo e, por mais que não afunde, se no chão houver deformação, o corpo se deforma um pouco ou, mesmo que não haja deformação, haverá pressão. (Pelo menos é o que acho que seja, preciso estudar sobre isso...)

As coisas são muito loucas, ainda mais quando a filosofia está envolvida. Tudo o que você faz e pensa ganha impacto na vida, não somente na sua, mas em toda a vida. É assustador pensar sobre isso! Você começa a se preocupar com coisas que, aparentemente, não deveria se preocupar, mas que fazem diferença. É como se você saísse do campo do instinto e ganhasse o direito de escolher sua reação, você não tem mais o poder de "fazer porque sim", de "fazer porque é assim", mas você se questiona o por que está fazendo e o impacto do seu fazer. Não interessa mais se é preciso fazer, mas qual o objetivo desse fazer, se vai causar mudanças e quais mudanças.

Eu tenho medos! Tenho traumas! Tenho uma vida curta, mas eu tenho ciência do que sei e do que não sei! E isso parece ofender outras pessoas, então sou tida como arrogante. Entretanto, nessa espetada de dupla lâmina, o outro que me contrapõe é mais arrogante do que eu, pois, ele se pondera do poder de dizer que estou errada e assume o mandado e julgo da verdade. Ele me veste com as roupas do erro e me põe pra desfilar como desengonçada e imperfeita, onde o júbilo dele estará no quão ridícula eu conseguir ser para todo o mundo.

É ridiculamente traumatizante estar afetada pelo o outro. Você se questiona se o que sabe, é saber mesmo. Se o que sente, é sentimento ou só impressão. Se o que o viveu e experimentou foram realmente do jeito que viveu ou experimentou. Você não sabe se a voz que houve na sua cabeça é mais sua ou se são delírios que te dizem coisas aleatórias. Você não têm mais ideias, você espera as coisas te dizerem o que fazer, como fazer, e só. Elas não precisam te dizer o porque está fazendo ou qual o impacto, a ideia é ignorar o processo e chegar no resultado, pois é só o que importa e ficará, o resultado. Mas não é! Todo resultado tem um processo, mas processos feios e medonhos não fazem uma verdade dos sonhos. As coisas têm que ser impecáveis, elas tem que ser certinhas, toda bonitinha e encantadora, pois é assim que "motiva" as pessoas. Mas isso é conto de fadas, e conto de fadas já trabalhado, pois os originais...

Não existe conclusão que resolva tudo. Não existe conclusão para esse texto. Então trema, ou pare de tremer, e se questione o que fazer, busque a resposta e encontre a resposta. Achar a pergunta certa é só parte do processo. Demore uma semana, dois meses, três anos, quatro vidas, mas ache as suas perguntas, registre o seu buscar e prescreva as respostas, ou morra tentando fazer isso. E não importa a ordem, se é pergunta, processo e resposta ou se é resposta, pergunta e processo ou processo, pergunta e resposta, tanto faz.

Clara Nuvens
Enviado por Clara Nuvens em 05/07/2020
Código do texto: T6996895
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